O número de médicos que não atendem mais por planos de saúde vem crescendo no Brasil. Há alguma décadas ouve uma grande migração de atendimentos somente pelos convênios, mas hoje em dia a situação não está favorável para estes profissionais.
De acordo com pesquisas, 75% ainda atendem conveniados, embora o espaço na agenda esteja bastante diminuído para estes clientes. Por isso é comum a falta de horário para pessoas que possuem planos de saúde. Muitos pacientes reclamam que ao informar que a consulta será particular há vaga imediata.
Isso se deve ao abuso que os convênios têm feito em cima dos médicos, pois repassam um valor muito inferior ao normalmente cobrado por atendimentos particulares. Logo, as consultas particulares são mais rentáveis, há menos burocracia e os médicos podem se dedicar mais ao pacientes por passaram a atender um menor número de pessoas.
Pensando nisso, escrevemos este post para explicar como funciona o pagamento dos convênios ao médicos e o porquê destes profissionais estarem deixando de trabalhar com planos de saúde. Confira as informações!
Convênios x médicos
Na briga entre médicos e convênios quem perde é o consumidor, pois fica refém desta crise e não há nada que ele possa fazer. Ou espera para ser atendido pelo convênio ou paga por uma consulta particular, a qual gira em torno de R$ 200,00.
Há planos que pagam somente R$ 20,00 aos médicos pela consulta, o que é um valor absurdamente inferior ao normalmente cobrado em consultas particulares. Logo, há um grande movimento dos médicos para que as consultas sejam retiradas dos planos de saúde.
E o Conselho Federal de Medicina (CFM) está nesta luta. Um dos representantes do CFM ressalta que está em trâmite o projeto de Lei Nº 7.419, de 2006, o qual visa revogar a chamada Lei dos Planos de Saúde, descrita pela Lei 9.656/1998.
Entretanto, alguns especialistas afirmam que retirar as consultas dos planos iria aumentar a procura por atendimentos de urgência e emergência, o que não só impacta a saúde pública mas também pode superlotar estes ambientes hospitalares. É importante frisar que o diagnóstico precoce da doença é fundamental para a saúde e evita mais despesas e fluxo de pessoas nos hospitais.
Problemas ainda maiores
Visto que os convênios repassam um baixo valor das consultas aos médicos, outros problemas ainda poderão ocorrer, pois a necessidade de atender mais pacientes se torna maior. Com isso, as consultas têm durado um menor tempo, prejudicando assim a avaliação do paciente.
Não é à toa que muitos usuários reclamam que as consultas duram somente 10 minutos. Em alguns casos, a consulta não passa de uma conversa rápida. Isso aumenta a probabilidade de cometer erros graves e não perceber adversidades mais complexas presentes no paciente.
Portanto, é preciso que os convênios e médicos entrem em um acordo para que a população receba consultas e tratamentos de qualidade. Embora seja justo estas partes discutirem sobre o melhor funcionamento dos pagamentos, as pessoas acabam por sofrer estas consequência no dia a dia. E isso vale tanto para a saúde como para o bolso dos paciente!