Nosso país possui o Sistema Único de Saúde, popularmente conhecido como SUS. Um dos únicos sistemas mundiais onde não há coparticipação no valor dos procedimentos realizados. O SUS oferece todos os procedimentos de forma ‘’gratuita’’. Gratuita entre aspas porque nossos impostos que pagam por tudo que é oferecido dentro do SUS. O SUS nasceu em 1988, com diversos princípios e com o objetivo de levar promover assistência de saúde para todos os cidadãos.
O brasileiro há anos procura outras alternativas para não usar o SUS, já que muitas vezes o sistema público não satisfaz as suas necessidades. Os convênios médicos tem milhões (aproximadamente 48 milhões) de clientes. Há registros que em 1960 já começaram a surgir os primeiros convênios particulares.
De 1960 com o marco da criação dos convênios de saúde para 2018 podemos afirmar que cerca de 70% dos médicos brasileiros atuam através do setor privado. Até metade do século XX os maiores e melhores hospitais eram públicos, atualmente os melhores hospitais do Brasil se encontram na esfera privada.
O sistema público responsabiliza o setor privado com a criação dos convênios particulares pelo sucateamento da saúde no Brasil.
Mas não adianta, mesmo com as críticas do sistema público os especialistas acham que a tendência é acontecer cada vez mais a privatização da saúde. Além disso as crises governamentais dão cada vez mais suporte para que aconteça a privatização no país.
Diferença entre SUS e convênio particular
A principal diferença é que qualquer pessoa pode ir em um hospital público, realizar um exame, uma cirurgia ou qualquer procedimento. Todos temos esse direito, além disso depois desses procedimentos o usuário não precisa deixar nenhum valor.
Já nos planos de saúde quem tem direito aos procedimentos é quem paga mensalmente um valor fixo. E em alguns casos quando os convênios particulares são por franquia ou coparticipação o cliente paga um valor a parte depois de realizar tais procedimentos. Ou seja, não é qualquer pessoa que pode fazer uso do sistema particular de saúde. Cada plano possui sua área de cobertura, com hospitais, clínicas, consultórios e laboratórios que seus clientes podem utilizar portando uma identificação e a carteirinha do plano.
Outra diferença é que na teoria o SUS oferece um atendimento de saúde integral, ou seja, todos os procedimentos que são necessários o serviço público deve oferecer de forma gratuita.
O plano de saúde pode não oferecer uma saúde integral, isso vai depender do contrato que o cliente assinou a aderir o plano.
Além disso o SUS é voltado para o atendimento primário, secundário e terciário. Sendo assim, o SUS atua desde ações de prevenções de doença como saneamento básico, vacinação, com distribuição de camisinhas gratuitas até ações terciárias, que é quando o usuário encontra – se internado em um hospital. Com ações efetivas de prevenção o SUS lucra muito, pois tem menos doentes precisando de procedimentos caros.
Já os planos de saúde lucram mais com a doença, por isso tem ações mais voltadas a reabilitação, ou seja, atuam mais na área terciária da saúde onde promovem a cura através de medicamentos, tratamentos, cirurgias entre outros procedimentos.
Enquanto a saúde pública é de responsabilidade das esferas municipais, estaduais e governamentais a saúde privada conhecida como saúde suplementar é regulamentada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A ANS que regulamenta os convênios particulares, além de estabelecer regras e fazer a fiscalização.
A saúde privada no Brasil atualmente atende 48 milhões de brasileiros, aproximadamente 24, 9% da população brasileira é atendida por convênios particulares.
Mas devemos ter atenção quando fazemos as comparações, isso porque depende de qual público e privado estamos falando.
Por exemplo, há alguns lugares no Brasil que tem hospitais de referência internacional integrando o Sistema Único de Saúde, assim como sabemos que há regiões do Brasil onde não há médicos para atender via SUS.
Sabemos também que há convênios particulares que cobrem o atendimento em hospitais de referência no país, e há convênios associados com hospitais que possuem uma baixa infraestrutura.
Por isso é importante que além de investir na saúde pública os convênios particulares sejam fiscalizados.
E você, no momento está usando qual modelo de atendimento público ou privado?
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